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Um fio do seu cabelo agosto 24, 2012

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Acabei de deitar. Eu ainda adoro dormir com vários travesseiros, uma mania que não perco desde que me acostumei novamente a dormir sozinho. Mas hoje não será uma dormida solitária normal, quotidiana. Essa será uma dormida mais perto. Mais do bem. Encontrei um fio do seu cabelo perdido no lençol. Este é um episódio normal. Ou deveria ser quando você está constantemente largando seus pertences… mas hoje você não estava aqui. Esteve. Há uma semana. Quando digo que estou tão perto que estou dentro tenho a sensação de que você é mais esperta por que está ao redor.

Semfiança novembro 27, 2011

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Estou a pensar em você. Estar. Minha estrela que se esconde tão alto que se perde entre névoas de maresia, de neblina, de nuvens. Desce o monte em fumaça branca e se perde entre o murmúrio dos ventos da tijuca, onde a barra não é nada mansa. Seu texto que corre como arame fino, acerca de assuntos que escorrem aos mais desavisados, descem a serra como se fizesse reverencia ao palhaço errante. Com pulgas ou sem pulgas por detrás de sua orelha, a praia vai ser sempre praia, como o mar nunca deixará de ser mar, como meu amor será sempre você, meu amor. Não adianta tecer com malte assuntos nada originais, fúteis, de minha vida ou da sua, perdidos em boemias, textos, banheiros, vazios. É como se eu não tivesse existido. Mmm. tá bom, sei. Quanto mais quero sua confiança mais parece que o processo de fiar essa corda, esse laço, se desata, de desfia, semfiança. Estou a pensar. como um fluxo, como um oito deitado.

a pensar.

agosto 9, 2011

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é a primeira vez que….

Te quero julho 5, 2011

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Gosto. Gosto deste tempo implacável. Gosto dele indelével. Gosto de pensar que gosto de gostar de você. Passo as horas da minha manhã gostando de você, uma hora atrás da outra. Meu almoço é gostar de comer o que gosto gostando mais um pouco de você. De tarde eu chego a conclusão que é melhor juntar alguns gostos em um adoro. Então preparo meu jantar adoravelmente temperado, com sal a gosto. Adoro preparar nosso banho e a forma como você adora comer o jantar que te preparo. Então o dia acaba. Eu estou te adorando hoje bem mais que ontem. Tempo implacável. Dormimos ou deitamos como quem espera a indelével luz matinal dizer-nos: que tenha um dia lindo! Bom dia. Que tem a sua cara de bom, de gosto, de adoros. Quando a manhã termina, e adoro como ela termina, eu coleciono seus-meus adoros em ligeiramente apaixonado. E é assim que sairá o jantar dessa noite: apaixonado ligeiramente. Pois que quando dormimos ou deitamos implacavelmente, novamente, apaixonados já se passaram tantas paixões que de manhã gaguejo com meu bom dia: bom amo, que tenha amor você, um dia lindo. Então um café da manhã pleno. Como estou plenamente apaixonado pelo meu amor. Tão rápido que de ontem para hoje se passaram duas semanas. E começamos de novo. Novamente dia lindo. Novamente o frio. Novamente um bom café. Novamente volto a gostar de você por que nesta noite não deitamos ou dormimos. Era dia de leito seu. Um direito que temos pois as duas semanas direto nos fizeram perceber como o tempo é implacável. Então começo esse meu novo dia gostando de amar. Escrevo meu novo roteiro, “Eu sei que vou te amar”, “PS: Eu te amo!”, e você no faoreste, bang-bang, a mocinha com cosquinha. Eu adoro isso. E começamos novamente, apaixonadamente adorando gostar do meu amor. Não há nada de inacreditável em amar. Se estou pleno, feliz, estou gostando adorando apaixonado amanando querendo você. Então hoje, ao final deste texto, estou te querendo muito mais que ontem, por que hoje tivemos um primeiro ensaio juntos, como ontem tivemos nossa primeira segunda semana, como tivemos nosso primeiro segundo beijo, como tivemos nosso primeiro espetáculo, como teremos a primeira paixão aprimorada pelo sabor adorável de te fazer apaixonada pelos seu amor implacável pela primeira vez. Encontrar nossas primeiras inúmeras vezes nos nossos princípios que retornarão como sabor da segunda semana. Como se fosse ontem, o tempo hoje é implacável.

Te olho sem precisar te ver. junho 23, 2011

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Uma profusão de sentimentos. É uma palpitação sem sentido. Sentindo apenas uma forma espiralar no centro do plexo solar. Uma trepidação, uma latencia nas pernas, uma forma de sentir o enlace. Na forma do samba. No bom dia com suco de mamão e cream cheese. Não consigo largar o apego e ninguém mais sabe quando deu-se o apogeu. O que se sabe é que não pode parar. Demorou a começar. Tudo tem seu tempo, foram muitos tiros dispersos, aleatórios, até ter a certeza de no que acertar. Está claro que acertei em mim mesmo. Um chute de trivela no ângulo aos 45 do segundo tempo de uma final. Tudo começa com o descabaçamento. Primeiro entramos sem pedir licença, tiramos o que não serve, negociamos a retirada do excesso e a permanência do que ainda serve. Descabaçamos  a forma rígida de perceber o espaço. O espaço entre mim e você. Entre minha arte e o seu talento. É ela, ela a mais bela de todas as moças, ela, minha atriz. A cena começa. Seus cabelos trançados, sua forma falsa de parecer ser/ter menos do que é. Mas é sempre muito mais. Mas sempre se dá muito mais. Encantado. Quantas formas de perceber algo agora que me parece estranho. Nunca o foi, se não apenas algo distante, mesmo que tão próximo, tão dentro, tão fora. Fora então uma longa espera? A espera neste inverno pela janela visto o inverso pela primavera que floresce à sombra do pé de siriguela. Daqui, do meu sofá é só o céu, as flores amarelas, samba de Chico e lama nas canelas. Da rua onde meus impulsos incontidos no sentido dela, não passam desapercebidos por ninguém, tampouco por aqueles olhos que me flagelam. Penso agora nas três fases do dia, que se entrecortam em mais nove e dezenoves mais. Mais que muitos pensamentos ao dia. É você constantemente a forma plástica dos meus hiatos matutitos, dos meus trajetos vespertinos e das minhas tragadas noturnas. Te trago e fico sem ar. Fumando agora existo na amostra cedida pela amiga que nos fez fumaça no muro da esquina. Sumidos na sombra da dama-da-noite, cambaleando pela ladeira até ao tronco de jasmim. Um perfume. Um cheiro seu que é só seu pois você exala o que quer. Como quer. Exala seu charme, exala sua fragilidade, sua sensibilidade. A maçaranduba forte, impenetrável, agora se mostra num botão de tulipa amarela. De copo cheio, sem colarinho. Sem se saciar em inspirar-te para traduzir sua essênica em excitação e prazer. São muitos prazeres ao mesmo tempo. Café, alcatrão, sofá, sol e você. Não nesta ordem. Sem nenhuma ordem. Foi um flash comparado a toda uma vida, mas que parece que está durando minha vida inteira. Sei lá, é estranho. Uma  sensação estranha. Sentadinhos no banquinho do parque, já de noite, finalzinho de tarde, ponderando o que é bom e o que pode ficar melhor. Não há nada nunca que esteja negativado. Isso é bom. Está bom. Ficando melhor. Sim, as três letrinhas fáceis de dizer. Agora tenho que ir, vou-me para a metade do globo, onde todas as forças começam e se reencontram. Onde o pulso sobe numa espiral e desce na contrária. Á partir dali nos partimos para nos repartirmos dentro deste todo, entre tantos micro-coletivos.

Sim. Te vejo á noite. Depois do chá preto feito por Clara.

Te vi sempre sem te olhar. Te olho agora sem precisar te ver.

Lá fora está chovendo… e você toda de preto. maio 19, 2011

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Ainda tenho o seu cheiro enroscado, entrenhando, embaraçado na minha barba. Mentalizo o mantra a girar na minha cabeça como forma de me conectar à aquilo que não pode acontecer. Àquilo que deveria acontecer. À tudo que deixamos acontecer por nos deixar acontecer. Viver esse frenezi sem freio. Todas as pieguices de enroscar no seu cabelo, nos deixar levar, permitir o imaginário, folhear suas páginas e arrancar seu brinco. Ouvir o som da rolha explodindo ao sair da garrafa e perceber a sutileza do aroma que ocupa a sala, agora escura. Todos os grãos se parecem com o amor, mas ás vezes é a falta dele que faz da praia deserta. Nem tudo é como deve ser. Nem tudo acontece como a gente espera que deveria acontecer. Estou forte. E recebendo golpe atrás de golpe me mantenho de pé. Ou quase. Mesmo quando eu mesmo me desfiro um golpe sem ferir-me superficialmente, se não lá nas entranhas, no ego, no âmago. Onde o interno se remove como magma a explotar em erupção. Nos encaixamos. Como duas peças. Há tempos não vagueio por fora da casca a perceber o que acontece por aí pelo mundo. Claro, eu aqui, encerrado na idéia de manter-me com a idéia falecida remoendo e revirando ossos e migalhas. O amor morreu. E levou com ele meu fluxo contínuo. O amor morreu e levou o você de hoje. Ainda trago meu cigarro fino e puro e puxo um fio do seu cabelo da minha lapela.  Racha cuca. Entorno vinho na sua gola e divido o pão em dois, o pequeno e grande. Fico com o pequeno, deixo o grande para quem há de merecer. Você deixou o seu anel,  ficou. Leve para que se lembre que você ainda deve. Voltar pra onde veio, pra onde quem te olhe e te conserve um anjinho. Nossos nomes num grão de arroz e o desejo de postar pra você este conto que conta que hoje… é dia de luz cheia. Plena. Ainda temos muito a nos conhecer. Melhor.

Não escrevo mais para você, se não para a projeção de um outro Eu que encontrou em você o Eu que eu procurava. De boné, sob a chuva, a girar. Que maravilha. Se te consola eu me esqueci do que você me disse. Ainda estou sem comer e não tomei meu banho para tentar tirar você de mim. Emplasto.

Grão alado. maio 17, 2011

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Uma aparente tranquilidade que maquia o desmantelamento, a dissolução de uma rocha inquebrantável. Um toque. O doloroso toque na ferida que está aberta. Como suas pernas. Um toque na alma. Posso dizer que sou apaixonado por você. Estou apaixonado pela permissão de me apaixonar diariamente por diversas vezes ao dia. O toque. O suave toque na abertura onde sua abertura já não se faz com silêncio senão com o suave ruído da sua voz mais fina. O abrir-te com a esperteza e o já sagaz caminho de te destravar apenas com os dentes. De sentir seu contorno com o deslizar por um caminho que mesmo que jure, sei que está ermo. Ermo de amor. Este seu caminho está sendo percorrido por provisões que não te completam, por isso este nosso encontro. Você supre minha ausência, minha carência, minha eterna relação com a saudade. Esta opressora relação com a ausência nos treinou para reagirmos a nós como interlocutores de nós mesmos, como aqueles que emitem o amor e o recebem por nos relacionarmos com aquele que está lá, há centímetros de distância. O infeliz é incapaz de te ouvir, te perceber, te sentir. Por isto este nosso re-encontro. Seguir este caminho é para mim a passagem de uma perfeição menor para uma perfeição maior, causada pela idéia de alguma provocação exterior. Seu inverso, seu torso, suas entorses. Suas feridas abertas. É aí onde entro. Sem a licença que deveria fazer dos amantes permissionários do verbo sentir. Sentir-se pleno. Enquanto ao final do banquete abandonou-se a presença daquela que se fez rocha, eis tu. Ex-você. Ex-nosso. Ex-nós. Ex machine. Deux. Que os livrem, que os mantenham livres para viverem suas permissões de se invadirem melhor, de se verem melhor, de se melhorarem enquanto mandíbulas abertas a comer moscas. Que nos liberte, tu e eu, eu e ela, para a contínua provação de que a intranqüilidade é a chave de onde queremos chegar. Esqueça-o. Encerrou-se o ciclo para você também. Um bonito ciclo que se encerra enquanto nos acostumamos a nos desacostumar. A desverbiar. Desamo. Desquero. Deslouvo. Despossuo-te. Uma tranqüilidade aparente enquanto você percorre com seu taxidriver os caminhos que desbravei, que abri, que deflorei. Mandíbulas abertas a comer moscas. Vou. Te levo agora a um banho, daqueles que essa água fervente de inverno nos faz suar, nos transa-aspira. Já te compus e recompus em banhos. Começamos tudo num banho. Lavamos a saudade de um tempo que jamais nos deixou. O tempo de viver o fluxo das nossas indeléveis amadas. Dos cantos que se curvaram, nos encaixaram, nos fluíram e nos traíram. Os panos que nos acompanham na indesejável tarefa de despertarmos sozinhos. Abrir os olhos e perceber já de madrugada que te fostes é o sentido de que a chave está mal posta. Deveria pesar mais sobre você. Como um urso. Mas das vezes em que ás oito em ponto o Sol se mostrou o dono do tempo, nosso banquete foi digno de provar que vida de artista é vida bandida, é vida em liberdade. É vida antes de mais nada vivida, sem ti dar. Sentida. É vida, antes de mais nada, sofrida. Sofrer de amor é muito ruim. Sofrer por amor é muito ruim. Gozar de ti por gozar contigo é tempo de ignorar os ignorantes, de velejar em poesia. Não mate o poeta. Sei que já o fizeste, mas o cambio entre os lápis e as linhas foi seu caminho escolhido. Escorrido. Já estou, já sou. A caminhar a sóis, de piso quente a passos em brasas, com fumos em planos. Escorreu montanha abaixo. Caiu no pontal da ilha, na cidade dos corações solitários. Roubado minha preocupação em vão. Meu interesse vil. Isso tudo pra você de nada serviu. Agora você te auto serve. Te retroalimenta. Chora. Venha. Te sirvo a qualquer hora. Mas chora. Chora. Mas venha.

I see…? maio 13, 2011

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E se de repente sem ninguém esperar ou explicar, notícia após notícia, os pássaros começassem a nascer sem asas e os corações sem amores?

Pára. Animar a festa! Boa noite, boa noite, bom dia! abril 13, 2011

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Como de repente, sem ninguém esperar ou imaginar a dor sumiu. Foi como uma dose de cureldade com requintes de poesia. Seu pedido foi aceito como um frozen em dia de calor. De repende as pontadas que sentia, o gelo que me dava na região do externo, de repente sumiu. A ficha caiu e parece que entendi que quero preservar o caule e a raiz desta árvore linda. Deixamos as flores e folhas secarem. Estamos na lua crescente, no outono e na TPM. Normal. É o ciclo transitório normal. Já dizia há anos na voz da coleguia fanha, “o único que pode me ajudar é o tempo”. Ocupando meu tempo para não fazer que isso se transforme numa doença. É a tática do golfinho. Explodir a criatividade para expandir a raiva, a ira, o rancor. Isso sem alimentar nada. Apenas a expansão da conciência de que antes eu era uma besta. “Se você for no Rock in Rio está tudo terminado”, me disse a memória do passado. “Eu vou”. Eu fui e acabou. “Por favor, me deixa ficar sozinha”. “sim, mas também respeite meu tempo de desaceitação de você. o corpo demora a se acostumar”. O regime amoroso é talvez o mais penoso ataque ao corpo. A orquestra tocando na Matriz a moça fofa: “Você emagreceu querido…!”, “to trepando pra caralho… ops, to dentro da igreja… hiii fudeu.” Desopilando a mente com boa companhia. A pita entrou na cozinha e fez a festa na dispensa. “E vai rolar a festa…” salve simpatia… A pita tomou café conosco e dividiu o queijo. Permitiu que dividisse. Depois de tanto blá blá blá para organizar a casa, a conclusão que chegamos é que sexta é dia de bossa nova, jantar chic, despedidas e aniversários. “e vai rolar a festa…. salve simpatia”. Paaaaaaaara, animar a festa! Júbilo. Dia de pedi-la em casamento e receber o sonoro não. “não estou preparada”. Tá mas foi você quem sempre quis. Agora o que eu faço com essa vontade toda? Punheta meu filho… vai para Itabuna, fica na praça e punheta, quem sabe assim você não consegue a faca no pão. O fluxo já estourou o limite de eloquência e varou na surrealidade. Pra dizer que finais felizes existem. A bolsa nos diz, queda de 1% na SELIC e aumento de 10mil reais na conta que acaba de nascer!

Vamo que vamo.

abril 10, 2011

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Hoje dia de gelo que caiu do céu. Noite de vapor de gelo que insiste em ficar no leito. A fogueirinha teimosa se abrandou. É a primeira noite de presença distante. A parte mais próxima de uma distância mínima é a mesma parte da distante ausência que se faz neste exato momento. Onde/quando você está/é o melhor/pior pensamento para antes/durante de deitar. Tenho um incômodo no pulmão esquerdo como uma agulha que aponta de baixo para cima, me fazendo vertingens por falta de ar. Essa nebulosa presença que não se faz torna o ar mais rarefeito. E isso é um feito de fato da falta que se faz de você. um boa noite com gesto em três dedos estirados sem tensão.